Assim como outros
peixes de água fria, a sardinha é rica em ácidos graxos ômega-3 (EPA e DHA),
reconhecidos por seu poder antioxidante, anti-inflamatório e
antiaterosclerótico. Esses ácidos aumentam a atividade cerebral, modulam a
hiperatividade e a depressão e ainda melhoram o desempenho cognitivo. Isso tudo
porque a gordura do bem, da qual a sardinha é uma das mais ricas fontes, serve
para encapar os neurônios, protegendo-os e facilitando a comunicação entre
eles. O cérebro humano é constituído de 65% de gordura, sendo a maior parte
composta por DHA, substância fundamental para a constituição do córtex
cerebral.
A capacidade de reduzir
a concentração de radicais livres no organismo o que faz do peixe um
alimento-chave para prevenir e auxiliar no tratamento de problemas relacionados
à estrutura cerebral. Graças à sua função antioxidante, ele diminui
consideravelmente as lesões nos neurônios. Para ajudar, é um alimento barato e
facílimo de encontrar.
Os ácidos graxos da
sardinha também fazem bem a outras partes do corpo, além do cérebro. O consumo
regular de peixes ricos em ômega-3 pode diminuir em até 40% o risco de
problemas cardiovasculares. No pulmão, essas substâncias melhoram a
transferência de oxigênio em pessoas com insuficiência respiratória ou em
fumantes. A suplementação de ômega-3 em fumantes pode auxiliar na prevenção da
doença pulmonar obstrutiva crônica, a DPOC . Os ácidos graxos também auxiliam
na proteção das células fotossensíveis dos olhos, prevenindo contra a
degeneração da mácula — a parte da retina que é responsável pela percepção dos
detalhes. Por fim, a vitamina D, presente na sardinha, também auxilia na
absorção intestinal do cálcio e do fósforo ingeridos pela alimentação,
essenciais para a saúde dos ossos.
Quanto você precisa
consumir
O ideal é consumir 150
gramas — o equivalente a 1 filé de peixe médio — pelo menos uma vez por semana.
Opte sempre pelo alimento cozido, assado ou grelhado. No processo de fritura,
há uma alteração na molécula de ômega-3, o que diminui suas propriedades
antioxidantes. O excesso de óleo também faz que o alimento se torne muito
calórico. Ervas e especiarias, como coentro, sálvia, tomilho, entre outras,
aumentam a ação benéfica do peixe no organismo e ainda valorizam o sabor do
prato. Uma boa pedida é acrescentar um fio de óleo de gergelim quando a
sardinha já estiver pronta para o consumo. Ele potencializará a atividade do
ômega-3.