sábado, 3 de março de 2012

PRIAPISMO


O que é?
É uma ereção persistente (mais de 4 horas), freqüentemente dolorosa, desencadeada ou não pela atividade sexual. O nome priapismo vem da mitologia grega na qual Príapo, filho de Afrodite, era conhecido pelo seu falo longo e ereto. É uma emergência urológica!
A sua ocorrencia é baixa: 1,5 casos por 100000 habitantes por ano. Em homens acima dos 40 anos, a incidência aumenta para 2,9 por 100000 habitantes por ano.
Como se desenvolve?
O priapismo pode ocorrer em qualquer idade. Na adolescência está muitas vezes associado à doenças do sangue, como a leucemia e anemia falciforme. Nas demais idades, geralmente é idiopática (sem causa específica). Nos idosos pode estar associada a neoplasias. Vários fatores estão relacionados como possíveis causadores de priapismo: abuso de álcool ou drogas, traumas genitais, doenças inflamatórias. A causa idiopática (desconhecida) é a mais freqüente. A utilização de drogas injetadas diretamente no pênis (no corpo cavernoso) a fim de provocar ereções tem aumentado a freqüência de priapismos. Dentre essas drogas, a que causa mais priapismo é a papaverina.
O que se sente?
O paciente queixa-se de uma ereção que não regride e é acompanhada geralmente de dor.
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico é simples baseado na história do paciente. Ao exame físico, nota-se uma ereção do pênis sem a participação da glande ("cabeça" do pênis) e dos corpos esponjosos (tecido que envolve a uretra). Logo, se trata de uma ereção dos corpos cavernosos exclusivamente.
Como se trata?
Existem dois tipos de priapismo. O priapismo de baixo fluxo (venoclusivo), mais frequente. Está associado à diminuição do retorno venoso. É doloroso devido à má oxigenação do pênis. O outro tipo é o de alto fluxo (arterial), menos frequente. É indolor e geralmente causado por trauma peniano.
Através da análise do sangue coletado do pênis diretamente (gasometria dos corpos cavernosos) tem-se uma diretriz para o tratamento, que pode se constituir em: 
 
aspiração do corpo cavernoso (drenagem)
aspiração do corpo cavernoso com injeção de drogas vasoativas (vasoconstritores)
aspiração e lavagem do corpo cavernoso
tratamento cirúrgico (a fim de criar comunicações entre o corpo cavernoso e corpo esponjoso)
Nos casos em que não há resolução do priapismo ou que este permaneceu várias horas sem tratamento, ocorre a fibrose dos corpos cavernosos com comprometimento futuro das ereções. A única solução é a prótese peniana.
Como se previne?
Como na maioria das situações o priapismo é idiopático, fica difícil a prevenção. Os pacientes que usam drogas intracavernosas para promover a ereção devem ser alertados para o risco de priapismo. Se a ereção perdurar por mais de 2-3 horas após a aplicação da droga, um serviço de emergência ou um urologista deve ser procurado. Nos casos em que o priapismo é ocasionado por drogas via oral, estas deverão ser evitadas. Para pacientes com doenças sanguíneas, a hidratação, oxigenação, alcalinização, transfusões e outras alternativas mais específicas são necessárias.

CICLO SEXUAL MASCULINO


Apesar do processo biológico da Resposta Sexual Humana referente aos estímulos eróticos ser unitário, eles são constituídos por uma continuação de fases passíveis de divisão didática, ou seja, são resultado da coordenação e integração de diferentes componentes singulares e relativamente independentes. A inibição de algum deles compromete a vivência de uma sexualidade completa e leva a diferentes síndromes clínicas com diferentes tratamentos. Quando há uma insatisfação persistente ou recorrente em alguma dessas fases, chamamos de disfunção sexual.
Não há muito tempo, a resposta sexual era entendida de forma integral. Ela era um evento único, o que fazia com que, devido ao desconhecimento das diferenças entre as fases, não houvesse uma diferenciação entre as várias entidades clínicas. Os homens eram chamados de impotentes e as mulheres de frígidas. Conforme a resposta sexual foi sendo mapeada, por alguns estudiosos, pode-se separá-la em fases. O primeiro deles foi Ellis (1897) que se focou na fisiologia da questão sexual. Mesmo que já se percebesse na época a importância da atração para a origem e conservação do ato, salientou somente a continuidade de reações orgânicas. Dividiu o ato sexual em duas fases: tumescência (acúmulo crescente de energia, marcada pela congestão sanguínea no aparelho genital) e detumescência (descongestão vascular que acompanha a descarga orgástica.)
O segundo esquema foi elaborado por dois pesquisadores americanos, Masters e Johnson (1966) numa teoria formulada em um laboratório, onde era possível pesquisar cientificamente as modificações do corpo durante a atividade sexual. Contaram com o apoio de pessoas voluntárias, que permitiram o monitoramento das atividades sexuais através de um aparelho criado para detectar alterações de cor e temperatura corporais. Concluiram, então, um padrão de resposta sexual para homens e mulheres, que nomearam de Ciclo da Resposta Sexual Humana, composto por 4 fases distintas, dividindo a anterior tumescência de Ellis em excitação e platô e a detumescência em orgasmo e resolução. Tal modelo preconizava que tanto o estímulo interno (pensamentos e fantasias) quanto o externo (provocado pelos 5 sentidos) promoveria a excitação.
Mas, o modelo de Masters e Johnson apresentava algumas imperfeições por não considerar os aspectos mais particulares e subjetivos da resposta sexual. Foi assim que mais tarde, aprimorando tal idéia, a psiquiatra Helen Kaplan, em 1979, complementou com uma terceira proposta, onde antecedendo à fase da excitação viria o desejo - importante para o desenrolar das fases posteriores e, com isso, propos um esquema trifásico:
No homem, a primeira resposta à estimulação sexual é a ereção peniana como resultado aos estímulos. Também ocorre o aumento da tensão muscular, dos batimentos cardíacos e da pressão sanguínea. Além disso, tal fase caracteriza-se pelo rubor sexual, aumento dos mamilos e por contrações musculares irregulares dos órgãos próximos aos genitais (bexiga, uretra e reto).
Desejo: Primeira fase do ciclo, onde os instintos são estimulados, mas não aparecem indícios orgânicos objetivos. É uma etapa subjetiva caracaterizada pela resposta sexual ao estímulo dos cinco sentidos e que incita a busca pela atividade sexual. Nos homens, a visão e o tato são de extrema importância no desencadear e no sustento do desejo sexual.
Excitação: A segunda fase do ciclo sexual caracteriza-se pelas respostas fisiológicas do corpo frente aos estímulos que dispararam anteriormente o desejo sexual. Há uma crescente excitação sexual, manifestada pelo binômio vasocongestão (aumento da quantidade de sangue acumulado em alguns órgãos do aparelho genital e extragenital) e miotonia (tensão muscular caracterizada pela crescente e involuntária contração das fibras musculares). Pode ser acelerada ou encurtada, prolongar-se por bastante tempo ou ser interrompida.
Orgasmo: Ocorre a liberação total das tensões anteriormente retidas, acompanhada de contrações musculares reflexas. Subjetivamente carateriza-se pela sensação de prazer sexual, perda da acuidade dos sentidos, sensação de desligamento do meio externo, seguida pela liberação, em poucos segundos, da vasocongestão e miotonia.
O orgasmo vêm acompanhado de uma contração muscular rítmica, com a emissão do esperma. Tal momento ocorre em duas fases. Na primeira, ocorre a saída do líquido seminal dos órgãos acessórios da reprodução (próstata, canal ejaculatório e vesícula seminal) em direção à uretra. Na segunda, há uma progressão do sêmen até o meato uretral (orifício na cabeça do pênis). A ejaculação, então, carateriza-se pela emissão do esperma através da uretra, devido a contração espasmódica de alguns músculos da região perineal.
Após a ejaculação, o homem fica resistente à nova estimulação sexual, sendo necessário um variável período de tempo para que nova ejaculação aconteça, ocorrendo o que chamamos de período refratário. Tal período é variável de homem para homem e aumenta conforme a idade do indivíduo. 

CICLO SEXUAL FEMININO


Apesar do processo biológico da Resposta Sexual Humana referente aos estímulos eróticos ser unitário, eles são constituídos por uma continuação de fases passíveis de divisão didática, ou seja, são resultado da coordenação e integração de diferentes componentes singulares e relativamente independentes. A inibição de algum deles compromete a vivência de uma sexualidade completa e leva a diferentes síndromes clínicas com diferentes tratamentos. Quando há uma insatisfação persistente ou recorrente em alguma dessas fases, chamamos de disfunção sexual.
Não há muito tempo, a resposta sexual era entendida de forma integral. Ela era um evento único, o que fazia com que, devido ao desconhecimento das diferenças entre as fases, não houvesse uma diferenciação entre as várias entidades clínicas. Os homens eram chamados de impotentes e as mulheres de frígidas. Conforme a resposta sexual foi sendo mapeada, por alguns estudiosos, pode-se separá-la em fases. O primeiro deles foi Ellis (1897) que se focou na fisiologia da questão sexual. Mesmo que já se percebesse na época a importância da atração para a origem e conservação do ato, salientou somente a continuidade de reações orgânicas.
Dividiu o ato sexual em duas fases: tumescência (acúmulo crescente de energia, marcada pela congestão sanguínea no aparelho genital) e detumescência (descongestão vascular que acompanha a descarga orgástica.) O segundo esquema foi elaborado por dois pesquisadores americanos, Masters e Johnson (1966) numa teoria formulada em um laboratório onde era possível pesquisar cientificamente as modificações do corpo durante a atividade sexual. Contaram com o apoio de pessoas voluntárias que permitiram o monitoramento das atividades sexuais através de um aparelho criado para detectar alterações de cor e temperatura corporais.
Concluíram então um padrão de resposta sexual para homens e mulheres, que nomearam de Ciclo da Resposta Sexual Humana composto por 4 fases distintas, dividindo a anterior tumescência de Ellis em excitação e platô e a detumescência em orgasmo e resolução. Tal modelo preconizava que tanto o estímulo interno (pensamentos e fantasias) quanto externo (provocado pelos 5 sentidos) promoveria a excitação.
Mas o modelo de Masters e Johnson apresentava algumas imperfeições por não considerar os aspectos mais particulares e subjetivos da resposta sexual. Foi assim que mais tarde, aprimorando tal idéia, a psiquiatra Helen Kaplan, em 1979, complementou com uma terceira proposta, onde antecedendo à fase da excitação viria o desejo - importante para o desenrolar das fases posteriores e com isso propôs um esquema trifásico:
Desejo:
Primeira fase do ciclo, onde os instintos são estimulados, mas não aparecem indícios orgânicos objetivos. É uma etapa subjetiva caracterizada pela resposta sexual ao estímulo dos cinco sentidos e que incita a busca pela atividade sexual. Nas mulheres, o olfato e o tato são atores principais no aumento do desejo sexual.
Excitação:
A segunda fase do ciclo sexual caracteriza-se pelas respostas fisiológicas do corpo frente aos estímulos que dispararam anteriormente o desejo sexual. Há uma crescente excitação sexual, manifestada pelo binômio vaso congestão (aumento da quantidade de sangue acumulado em alguns órgãos do aparelho genital e extragenital) e miotonia (tensão muscular caracterizada pela crescente e involuntária contração das fibras musculares). Pode ser acelerada ou encurtada, prolongar-se por bastante tempo ou ser interrompida.
Nas mulheres tal fase é caracterizada pelo início da produção de uma secreção responsável pela lubrificação vaginal, um ligeiro aumento clitoriano, ampliação do útero e início da sua elevação, aumentando sua capacidade de acomodar o pênis. Também se manifesta nos seios que sofrem um pequeno aumento em seu tamanho e nos mamilos que se tornam eretos. Há um aumento da freqüência cardíaca e respiratória, assim como da pressão sanguínea. Ocorre o rubor sexual (a pele fica avermelhada), clitóris e pequenos lábios aumentam de tamanho, enquanto os grandes lábios se retraem deixando livre a entrada da vagina.
Orgasmo:
Ocorre a liberação total das tensões anteriormente retidas, acompanhada de contrações musculares reflexas. Subjetivamente carateriza-se pela sensação de prazer sexual, perda da acuidade dos sentidos, sensação de desligamento do meio externo, seguida pela liberação, em poucos segundos, da vaso congestão e miotonia. O orgasmo feminino corresponde a contrações reflexas ritmadas dos músculos perivaginais e perineais que circundam a vagina. O útero também participa dessas contrações.
Diferentemente dos homens, as mulheres ao continuarem a serem estimuladas podem experimentar novo orgasmo. Mas não se pode esquecer que a sexualidade por mais que envolva um aspecto fisiológico, abrange outras dimensões que são mais subjetivas como a capacidade de entrega, de aceitação do outro, do relacionamento e de si.
Basson (2004) apresentou uma nova proposta para o ciclo de resposta sexual feminino. Ela destacou o valor da intimidade como motivação para o sexo, afirmando que muitas mulheres dão início ao ato sem que estejam interessadas ou entusiasmadas, mas buscam o carinho e aproximação física, antes de serem implicadas pelas sensações eróticas. Dessa forma foi proposto um modelo circular para o ciclo feminino em que a falta de desejo sexual espontâneo não revelaria uma disfunção sexual, excluindo muitas mulheres de categorias tidas como disfuncionais. 

AFRODISÍACOS


Magia ou Truque: a busca do elixir do amor
A procura por fórmulas mágicas para o incremento da vida sexual pode ser observada ao longo de toda a história da humanidade, principalmente nos livros eróticos do oriente - manuais chineses, hindus e árabes. Na mitologia grega, Afrodite (Vênus, no latim) filha de Zeus e Dione, encarna como a Deusa do amor e da beleza, intensamente atraente aos olhos dos mortais. De seu nome, nasce o termo afrodisíaco, referente àquele que tem atrativos ou àquele que desperta interesse sexual.
O que são afrodisíacos?
São agentes químicos ou odores que estimulam o desejo sexual e/ou que elevam a potência (masculina). Mais de mil substâncias contam para esta lista. Também acabam se incluindo neste termo os comportamentos, os objetos de vestuário e adornos que estimulam o apetite sexual e que mantêm ou prolongam a excitação.
Quais são os afrodisíacos?
Alimentos de origem animal ou vegetal que lembram em seu formato a aparência da genitália externa humana, como a ostra, o pepino, a banana, a rosa.
Substâncias que podem ter ou não algumas propriedades euforizantes ou tranqüilizantes, como o guaraná cerebral, a passiflora, o álcool, cannabis, cocaína, perfumes, incensos, entre outros.
Agentes químicos que influenciam a fisiologia sexual, geralmente provocando a ereção ou a mantendo, podendo aumentar a intensidade do desejo sexual em determinados indivíduos. É o caso da Yoimbina, do Sildenafil (Viagra) e do Trazodone, substâncias que normalmente requerem prescrição médica e acompanhamento de seu uso. Tais drogas podem determinar efeitos colaterais importantes, como sintomas cardiológicos e priapismo (ereção prolongada que se mantém sem estímulo sexual), entre outros. 
Desejo e excitação: qual a diferença?
É necessário enfatizar a diferença entre estes dois termos.
A função sexual humana só foi descrita na década de 60. Dois pesquisadores, Masters e Johnson, possuíam um laboratório experimental nos Estados Unidos, onde estudavam a fisiologia sexual, tendo entrevistado centenas de casais.
O chamado Ciclo da Resposta Sexual Humana descreve as três fases que compõem nossa sexualidade, quais sejam: desejo, excitação e orgasmo.
O desejo refere-se ao despertar do apetite e do interesse sexual.
A excitação refere-se às respostas do corpo a este estímulo, com ereção peniana nos homens e lubrificação vaginal nas mulheres.
O orgasmo é a última fase, é o pico de satisfação sexual, quando há contração involuntária da musculatura perineal.
Existem drogas que provocam excitação, mas que não influenciam diretamente o desejo sexual (viagra).
O que são feromônios?
Existem também os chamados feromônios, afrodisíacos naturais que quando produzidos e exalados pelos indivíduos no ambiente, provocam alteração de comportamento e da fisiologia em outros indivíduos, geralmente de mesma espécie.
É um tipo de comunicação química que, no reino animal, determina a seleção sexual entre as espécies.
Nos últimos anos têm-se descoberto remanescentes do órgão receptor de feromônios nos seres humanos. Talvez seja possível, num futuro próximo, determinar a escolha sexual pelo cheiro dos parceiros, aumentando ou diminuindo o desejo entre pares específicos. 
Polêmica entre ciência e tradição: o que se sabe?
O assunto ainda é polêmico. Não há evidências científicas significativas de que tais substâncias possam provocar ou não desejo sexual nos indivíduos, respeitando-se a variabilidade biológica de cada um. Espera-se que nesses próximos anos se descubra mais sobre tais elementos e sobre suas reais propriedades afrodisíacas.
Em um clima emocional que se estabelece ao redor dessas substâncias, um morango dado na boca, um incenso num quarto semi-escuro, um amendoim descascado a dois, por si só já pode incrementar o apetite sexual dos parceiros, não necessariamente sendo a substância envolvida a responsável pelo sucesso do casal.
Muitas substâncias ditas afrodisíacas são tóxicas, provocando até mesmo a morte de pessoas pelos seus efeitos cardiotóxicos. Deve-se ter cuidado com a utilização de determinados agentes, com a dose e com a sua procedência.
O apelo econômico da busca descontrolada do "elixir do amor" infelizmente tem trazido danos até mesmo ecológicos e éticos. Um exemplo são as "fazendas" chinesas de ursos que produzem bílis, substância utilizada para a fabricação de xampus, afrodisíacos e outros produtos milagrosos. Na tradição chinesa a bílis de urso é uma potente medicação para várias doenças. São dez mil animais enjaulados e cateterizados, que vivem por 15 anos com muita dor, praticamente sem movimento e na mesma posição para a extração de bílis. A bílis de urso não foi comprovada cientificamente como uma substância efetivamente afrodisíaca.
Um casal que busca um incremento na satisfação sexual tem várias opções afrodisíacas que não só o uso de substâncias.
O afrodisíaco maior está no querer bem o parceiro, no ser atencioso e zeloso tanto sexualmente quanto na rotina diária, e também zeloso com a própria auto-estima.