quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Produtos químicos naturais afastam mosquitos

Grande quantidade de animais se comunica por meio de “cheiros”. De um modo geral, os feromônios são um tipo de informação química usados por uma determinada espécie para influenciar comportamentos sociais e ou atrair parceiros. Já os cairomônios enviam sinais entre espécies diferentes e muitas vezes servem para detectar predadores e presas. Os cientistas já identificaram dois cairomônios produzidos por um predador do mosquito comum, que efetivamente os repele. Os resultados podem ser a chave para o desenvolvimento de novos repelentes.

Quando as fêmeas dos mosquitos estão prontas para reprodução, procuram água adequada em que possam depositar seus ovos. Estudos anteriores demonstraram que os mosquitos detectam quimicamente a presença de seu predador na água, conhecido como Notonecta maculata,e evitam colocar seus ovos nesse local. A identidade dos sinais químicos liberados pelo N. maculata não foi determinada. 

Leon Blaustein, professor de ecologia da Universidade de Haifa, em Israel, e seus colegas coletaram amostras do ar acima de um ambiente de N. maculata e identificaram algumas substâncias químicas voláteis presentes. A equipe testou a capacidade de dois dos produtos químicos identificados, isoladamente ou em combinação, para evitar os mosquitos a postura de ovos em piscinas, vasos e caixas d´água. Os pesquisadores descobriram que os reservatórios contendo as substâncias químicas emitidas pelos N. maculata foram os mais efetivos, reduzindo o número de ovos do mosquito pela metade em comparação com os reservatórios controle, que continham apenas água. Os resultados foram publicados on-line emEcology Letters. 

Os autores reconhecem que, enquanto os cairomônios reduzem imediatamente o risco da predação dos mosquitos por N. maculata, aumentam a possibilidade de que as fêmeas morram por outras causas na busca de água nova para colocar seus ovos. "Nós pensamos que esses produtos químicos poderiam ser uma parte útil de uma estratégia para controlar o tamanho da população de mosquitos", diz o professor da University of Rockefeller e o co-autor Joel Cohen. "Esses novos compostos identificados, e outros que continuam a ser descobertos, podem ser eficaz no controle das populações de insetos transmissores de doenças. É muito cedo para dizer, mas há a possibilidade de um avanço na luta contra infecções da doença."

Canola geneticamente modificada chega a territórios inexplorados

Versões geneticamente desenvolvidas da planta de canola (também chamada de colza) estão se espalhando como ervas daninhas nas estradas da Dakota do Norte, dizem cientistas, numa das primeiras ocorrências de uma safra geneticamente modificada se estabelecendo na vida selvagem.
O tamanho do problema que isso pode gerar ainda é assunto de debate. Críticos das safras biotecnológicas já previnem, há tempos, que é difícil evitar que genes – neste caso, genes conferindo resistência a herbicidas comuns – se espalhem, com consequências indesejadas.
“Se existe um problema na Dakota do Norte, é que essas plantas estão se tornando ervas daninhas”, disse Cynthia L. Sagers, professora de biologia da Universidade do Arkansas, que conduziu o estudo.
Os resultados foram apresentados na semana passada, no encontro anual da Sociedade Ecológica da América.
A canola, cujas sementes são imprensadas para criar o popular óleo de cozinha, é um tipo de semente oleaginosa desenvolvida por criadores no Canadá. Nos Estados Unidos, ela é cultivada principalmente na Dakota do Norte e em Minnesota, embora a cultivação esteja se disseminando.
As plantas de beira de estrada aparentemente começam a crescer quando sementes voam dos campos ou de caminhões carregando as safras ao mercado. Nas planícies do Canadá, onde a canola é amplamente cultivada, as plantas biotecnológicas de beira de estrada – resistentes ao herbicida Roundup – se tornaram um problema, segundo Alexis Knispel, que recentemente terminou uma dissertação de pós-doutorado sobre o assunto na Universidade de Manitoba.
Alguns agricultores, explicou ela, tiveram de voltar ao arado em seus campos para controlar as ervas daninhas – uma prática que contribui à erosão do solo –, pois não podem mais usar o Roundup para controlar as plantas de canola desgarradas. Ela também disse que a proliferação da canola de beira de estrada tornaria difícil manter a canola orgânica livre de materiais geneticamente alterados.
A Monsanto, o desenvolvedor da canola resistente ao Roundup, uma das plantas modificadas, disse que as novas descobertas não foram surpreendentes ou preocupantes. Mesmo antes da criação da agricultura biotecnológica, a canola já crescia nas estradas; agora que 90% da canola plantada por agricultores é projetada, seria razoável esperar um percentual similar em amostras de beira de estrada.
Para o estudo da Dakota do Norte, Meredith G. Schafer, aluna de pós-graduação no Arkansas, e colegas atravessaram 3 mil milhas de estradas, parando a cada cinco milhas e coletando amostras de uma planta de canola onde existisse uma.
Das 604 plantas coletadas, 80% eram geneticamente projetadas, segundo Sagers. Algumas eram resistentes ao Roundup, com um gene concedendo resistência ao herbicida, também conhecido como glifosato. Outras eram plantas Liberty Link, com um gene conferindo resistência a glufosinato.
Descobriram que duas plantas possuíam genes proporcionando resistência aos dois herbicidas, sugerindo que as plantas resistentes a cada herbicida teriam acasalado.
A canola biotecnológica também foi encontrada crescendo no Japão, país que nem mesmo cultiva a planta – apenas a importa.
Os cientistas também relataram que ervas geneticamente desenvolvidas se estabeleceram na natureza selvagem do Oregon. Monsanto disse que a canola de beira de estrada poderia ser controlada pela ceifa ou por outros herbicidas. A resistência a um herbicida não dá, a uma planta, uma vantagem sobre as outras – a menos que seja pulverizado exatamente aquele herbicida.
Sagers disse que, em algumas áreas amostradas pelos pesquisadores, o Roundup havia sido pulverizado, deixando de pé apenas a canola resistente a esse herbicida.
Dale Thorenson, diretor assistente da Associação de Canola dos Estados Unidos, afirmou haver ervas daninhas muito mais preocupantes que as plantas de canola.
O milho e a soja geneticamente modificados não se estabeleceram na natureza selvagem, embora sejam cultivados em muito mais acres que a canola.
“Eles são superdomesticados e simplesmente não gostam de viver na natureza”, explicou Norman Ellstrand, professor de genética da Universidade da Califórnia, em Riverside.

Os segredos evolutivos do orgasmo feminino

O papel biológico do orgasmo masculino é claro para a maioria das pessoas. Como invariavelmente ele está ligado à ejaculação, não há qualquer dúvida a respeito de sua função reprodutiva. O orgasmo masculino seria assim uma espécie de ‘festa de comemoração’, favorecida pela seleção natural, ao longo da evolução, para incentivar e premiar a esperada transferência do esperma para o aparelho reprodutivo da fêmea.
O período fértil parece ser um segredo tão bem guardado que nem elas sabem
O papel biológico do orgasmo feminino, no entanto, é considerado um grande mistério. Para começar, não existe sincronia entre o momento do orgasmo feminino e a liberação dos óvulos pelos ovários.
Aliás, o período exato do ciclo menstrual em que as mulheres estão férteis parece ser um segredo tão bem guardado que, aparentemente, nem mesmo elas sabem. Muito menos seus parceiros
Essa ‘ovulação oculta’ contrasta bastante com o ocorre com as fêmeas de muitosoutros mamíferos, que anunciam aos quatro ventos seu estado fértil por meio de cores brilhantes, cheiros especiais e solicitações ostensivas.
Uma definição formal
O orgasmo feminino é uma sensação variada e aguda de prazer intenso, que cria um estado alterado de consciência. Começa, em geral, junto com contrações involuntárias e rítmicas da musculatura estriada pélvica cincunvaginal, acompanhadas, com frequência, de contração doútero e do ânus, e um relaxamento lento que desfaz (algumas vezes parcialmente) a vasoconstrição induzida pelo ato sexual, induzindo bem-estar e contentamento.
Em chimpanzés, por exemplo, as partes íntimas das fêmeas tornam-se irresistivelmente rosadas e elas exibem um comportamento altamente receptivo.
Entretanto, a norte-americana Elisabeth Anne Lloyd, filósofa da biologia, da Universidade de Indiana (Estados Unidos), acredita que não há mistério algum a ser desvendado. Em sua opinião, o orgasmo feminino não teria função biológica. Seria simplesmente um subproduto da evolução do orgasmo masculino, este com uma clara função biológica.
Esse tipo de explicação não adaptacionista é a mesma usada para explicar por que oshomens têm mamilos, já que estes não têm função alguma no corpo masculino.
Uma hipótese atual propõe que os mamilosmasculinos seriam subprodutos da evolução dos mamilos femininos, estes com clara função biológica, associados ao cuidado dosbebês.
Assim, tanto os mamilos nos homens quanto o orgasmo nas mulheres seriam uma espécie de ‘troça’ pregada pelos complicados mecanismos de herança genética doscaracteres.

Darwin e a teoria da seleção sexual

Muitos pesquisadores acreditam, porém, que o orgasmo feminino, em toda a sua complexidade fisiológica, morfológica e comportamental, só pode ser compreendido por meio da teoria da seleção sexual proposta pelo naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882).
Em seu famoso livro A origem do homem e a seleção sexual, de 1872, ele propôs que as disputas sexuais entre indivíduos da mesma espécie influenciam profundamente sua evolução. Segundo Darwin, essas disputas podem ser divididas em dois tiposprincipais: competição entre machos e escolha por parte das fêmeas.
Afinal, quem é o maior, mais forte, mais veloz, mais bonito e mais saudável entre osjovens da região?
A competição entre machos é a velha disputa que permite estabelecer uma hierarquia dedominância entre eles. Afinal, quem é o maior, mais forte, mais veloz, mais bonito e mais saudável entre os jovens da região? No mundo animal, muitas vezes essa hierarquia é decidida com a ajuda de dentes, garras e chifres, em lutas de final nem sempre feliz.
Na espécie humana, essa competição se manifesta de modo diferente em cada cultura. Em alguns casos, ela pode ser mais ‘animal’, enquanto em outros casos pode ser ritualizada e regrada, como acontece em campos de futebol, bares, pátios de escolas, ambientes de trabalho e, mesmo, no trânsito.
Na história humana, poder e sexo sempre estiveram associados. Antes da difusão de alguns conceitos democráticos e religiosos do Ocidente, os homens que ocupavam posições mais altas na hierarquia de suas sociedades conquistavam as maiores performances reprodutivas, ou seja, tinham mais filhos.
Sociedades em que apenas um homem atingiu um grau ilimitado de poder são particularmente ilustrativas. Todos os déspotas de grandes civilizações antigas (babilônica, egípcia, hindu, chinesa, asteca e inca) organizaram grandes haréns, contendo de centenas a milhares de esposas, concubinas ou escravas, às quais eles tinham acesso sexual exclusivo. 
Como cada fêmea tem apenas algumas oportunidades reprodutivas, não é vantajoso desperdiçar essas poucas chances com qualquer um
Os únicos homens permitidos nesses haréns eram os eunucos, castrados ainda em idade precoce. Essa poligamia extrema, incomum na espécie humana, invariavelmente levou a extraordinárias hordas de descendentes.
A escolha pela fêmea é um mecanismo mais sutil. Como cada fêmea, ao longo da vida, tem apenas algumas oportunidades reprodutivas, não é vantajoso desperdiçar essas poucas chances com qualquer um. Assim, as fêmeas desenvolveram grande capacidade de observação.
Cada potencial parceiro é submetido a um cuidadoso exame, no qual suas potencialidades e defeitos são registrados e considerados. Aqueles que se saírem melhor nos testes terão grande chance de ser escolhidos como parceiros sexuais.
Quanto aos ‘reprovados’... Bem, quem sabe em uma próxima vez. Essa seleção criteriosa é justificada, já que, em função dos mecanismos de herança genética, as boas características do parceiro escolhido têm grande chance de aparecer em seus filhos. As más, também.

Para que serve o orgasmo feminino?

Diversas hipóteses adaptacionistas foram propostas para explicar o orgasmo feminino. O zoólogo inglês Desmond Morris, no clássico livro O macaco nu, de 1967, defende que a evolução da postura ereta em humanos teria dificultado a fertilização, já que nas fêmeas humanas atuais o orifício externo do colo uterino, por onde o esperma tem que penetrar, situa-se em posição superior da vagina. 
O relaxamento muscular induziria a mulher a permanecer deitada após o ato sexual, aumentando as chances de fertilização
Segundo essa hipótese, o relaxamento muscular decorrente do orgasmo induziria a mulher a permanecer deitada após o ato sexual, aumentando suas chances de fertilização. Contudo, a ocorrência de orgasmo em diversos animais quadrúpedes sugere que essa hipótese não é correta.
Outra hipótese adaptacionista baseia-se no fato de que, como o bebê humano nasce mais indefeso do que os filhotes da maioria dosanimais, sua sobrevivência só é assegurada pelos cuidados da mãe e do pai. Segundoessa proposta, os orgasmos – tanto o masculino quanto o feminino – seriam um incentivo prazeroso para selar a aliança do casal e favorecer a sobrevivência dos filhos.
O problema com essa hipótese é que o orgasmo, da mesma forma que pode ajudar a criar um vínculo de longo prazo em um casal, pode também ser o estímulo para que um dos parceiros resolva ‘pular a cerca’ e ter relações sexuais extraconjugais.

SAIBA O QUE FAZER COM O LIXO DOMESTICO

O Brasil produz, atualmente, cerca de 228,4 mil toneladas de lixo por dia, segundo a última pesquisa de saneamento básico consolidada pelo IBGE, em 2000. O chamado lixo domiciliar equivale a pouco mais da metade desse volume, ou 125 mil toneladas diárias.
Do total de resíduos descartados em residências e indústrias, apenas 4.300 toneladas, ou aproximadamente 2% do total, são destinadas à coleta seletiva. Quase 50 mil toneladas de resíduos são despejados todos os dias em lixões a céu aberto, o que representa um risco à saúde e ao ambiente.
Mudar esse cenário envolve a redução de padrões sociais de consumo, a reutilização dos materiais e a reciclagem, conforme a "Regra dos Três Erres" preconizada pelos ambientalistas.
A idéia é diminuir o volume de lixo de difícil decomposição, como vidro e plástico, evitar a poluição do ar e da água, otimizar recursos e aumentar a vida útil dos aterros.

Tempo de decomposição dos resíduos

Tempo de decomposição dos resíduos

Coleta Seletiva

Veja abaixo quais os tipos de lixo que podem ser reciclados:
DESTINO
PAPEL
PLÁSTICO
VIDROS
METAIS
COLETA SELETIVA
papéis de escritório, papelão, caixas em geral, jornais, revistas, livros, listas telefônicas, cadernos, papel cartão, cartolinas, embalagens longa vida, listas telefônicas, livrossacos, CDs, disquetes, embalagens de produtos de limpeza, PET (como garrafas de refrigerante), canos e tubos, plásticos em geral (retire antes o excesso de sujeira)garrafas de bebida, frascos em geral, potes de produtos alimentícios, copos (retire antes o excesso de sujeira)latas de alumínio (refrigerante, cerveja, suco), latas de produtos alimentícios (óleo, leite em pó, conservas), tampas de garrafa, embalagens metálicas de congelados, folhas-de-flandres
LIXO COMUM
papel carbono, celofane, papel vegetal, termofax, papéis encerados ou palstificados, papel higiênico, lenços de papel, guardanapos, fotografias, fitas ou etiquetas adesivasplásticos termofixos (usados na indústria eletroeletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos), embalagens plásticas metalizadas (como as de salgadinhos)espelhos, cristais, vidros de janelas, vidros de automóveis, lâmpadas, ampolas de medicamentos, cerâmicas, porcelanas, tubos de TV e de computadoresclipes, grampos, esponjas de aço, tachinhas, pregos e canos
Fonte: Instituto Akatu

Enxaqueca aumenta os riscos de derrame cerebral e de doenças cardíacas nas mulheres

O número de vezes que a mulher tem uma enxaqueca pode desempenhar um papel determinante no seu risco de ataques cardíacos e derrames.
Evidências médicas desde há muito apóiam uma ligação entre a ocorrência de enxaquecas e problemas vasculares, incluindo acidentes vasculares cerebrais (AVCs, ou derrames cerebrais), mas as informações relativas à relação entre a freqüência das enxaquecas e o aparecimento de tais eventos têm faltado.
Uma investigação apresentada esta semana no 60º Congresso da Academia Americana de Neurologia, realizado em Chicago, Estados Unidos, sugere que as mulheres que têm enxaquecas semanais têm um risco significativamente mais elevado de acidentes vasculares cerebrais do que aquelas que apresentam uma menor incidência de ocorrência de enxaqueca. Além disso, aquelas que têm enxaquecas freqüentes podem ser mais susceptíveis de ter um ataque cardíaco (infarto do coração).
Os pesquisadores incluíram Tobias Kurth, MD, ScD, do Brigham e Women's Hospital e Harvard Medical School, em Boston. As conclusões baseiam-se no Women's Health Study, que envolveu 27.798 mulheres profissionais de saúde com 45 ou mais anos de idade, e que não tinham doença cardiovascular no início do estudo. Detalhes sobre os níveis de colesterol e a freqüência das enxaquecas foram obtidos quando o estudo começou.
Os investigadores agruparam a freqüência da enxaqueca em três categorias: menos que uma vez a cada mês, mensalmente, ou uma ou mais enxaquecas por semana. Sessenta e cinco por cento disseram que tinham enxaqueca pelo menos uma vez por mês, 30% tinham uma enxaqueca por mês, e 5% tinham enxaquecas pelo menos uma vez por semana.
A equipe de pesquisadores acompanhou as mulheres por 12 anos e documentou o número de eventos cardiovasculares. Os seguintes achados foram observados:
  • 305 ataques cardíacos
  • 310 derrames cerebrais
  • 706 eventos cardiovasculares
As mulheres que tinham enxaquecas uma vez por semana ou mais apresentaram quase três vezes mais probabilidades de ter um acidente vascular cerebral isquêmico e uma vez e meia maior probabilidade de sofrer um ataque cardíaco, se comparadas com as mulheres sem enxaquecas. Mulheres com enxaquecas mensais não estiveram sob maior risco.
Fonte: 60th AAN Annual Meeting - April 12–19, 2008 / Chicago, Illinois.

Consumir refrigerante aos poucos aumenta o risco de cárie

Açúcar e cáries andam sempre juntos. Porém, a quantidade total de açúcar que se consome tem menos impacto na formação de cáries do que a forma como esse açúcar é consumido.
A cárie ocorre quando as bactérias que revestem os dentes se alimentam de açúcares simples. Ela cria um ácido que destrói o esmalte do dente. Quando se come algo doce, a bactéria leva por volta de 20 segundos para converter o açúcar em ácido, que então dura por 30 minutos.
Isso significa dizer que uma lata de refrigerante é bem menos prejudicial para os dentes quando consumida em apenas alguns minutos do que a mesma lata de refrigerante quando consumida por algumas horas com goles repetidos, disse Carole Palmer, professora de saúde pública e serviço comunitário na Universidade de Medicina Dental Trufts.
“Todas as vezes que o açúcar é levado até a bactéria, o ácido será formado” disse Palmer, que recentemente publicou um artigo explorando mitos dentários na publicação Nutrition Today. “Os fatores que vão aumentar o risco de cárie não incluem a quantidade total de açúcar, mas o padrão de consumo. Você é do tipo que está constantemente dando goles? Você pega um refrigerante e o deixa em sua mesa toda a tarde? Faz uma xícara de café com açúcar e dá pequenos goles durante toda a manhã?”
Pelo mesmo motivo, muitos dentistas aconselham que os pais não deixem os filhos usarem copinhos infantis com muita frequência. O uso constante desse tipo de copo tem sido, em alguns estudos, associado a cáries em crianças pequenas.
Palmer enfatiza que não isso não acontece só ao consumir açúcar, mas também qualquer ácido, como refrigerante dietético. Um estudo chegou a revelar que balas azedas seriam significantemente mais destrutivas para o esmalte do dente que as balas doces comuns, devido ao seu nível de acidez.
Conclusão: pequenas quantidades de açúcar consumidas frequentemente aumentam a incidência de cáries mais do que grandes quantidades de açúcar consumidas com menos frequência.

Mulheres se vestem melhor no período de ovulação, diz estudo

WASHINGTON, 16 agosto 2010 (AFP) - Em período de ovulação, as mulheres se vestem melhor e compram roupas e acessórios para atrair um parceiro mas, também, para desencorajar as rivais, segundo estudo de marketing realizado por uma universidade americana e publicado na última segunda-feira (16).
Inconscientemente, as mulheres em período de ovulação vestem-se "para impressionar" não apenas os homens, mas as que poderiam ser suas rivais, afirma o estudo da escola de administração da Universidade de Minnesota (norte dos Estados Unidos).
O estudo, divulgado no Journal of Consumer Research, volta-se para estabelecer as ligações entre a compulsão de compra e fatores hormonais.
"O desejo que têm as mulheres, no momento importante de sua fecundidade, de escolher inconscientemente artigos que destacam sua aparência é movido pelo desejo de serem mais sedutoras que as rivais", afirma Kristina Durante, autora da pesquisa que ouviu 269 mulheres.
"Se você é mais desejável que a concorrência, tem mais chances", resume ela.
"Descobrimos que, quando estão em período de ovulação, as mulheres escolhem artigos de moda mais 'sexy', tendo como ponto de referência outras mulheres sedutoras de seu entorno", explica Kristina Durante.
Durante o estudo, fotografias de mulheres sedutoras moradoras nos arredores foram mostradas a mulheres em período de ovulação. Elas deveriam, em seguida, escolher roupas e acessórios.
"Descobrimos que as mulheres em período de ovulação compravam artigos mais sexy quando tinham na cabeça a imagem de mulheres sedutoras da vizinhança", acrescentou a pesquisadora. "Se você mora em Nova York, outra mulher que mora em Los Angeles não será percebida como concorrente".
Esta rivalidade com mulheres sedutoras da vizinhança é inconsciente. "Durante cinco a seis dias por mês, as mulheres que ovulam, são mais de um bilhão de consumidoras", precisa o estudo de marketing.
Este desejo de compra de artigos e serviços que destaquem a aparência, levado pelo ciclo ovariano, aplica-se não apenas a roupas e calçados, mas também a produtos de beleza, suplementos vitamínicos, artigos de fitness e à cirurgia estética.

domingo, 15 de agosto de 2010

2 - Perguntas sobre sexo

Pergunta

"Sou casada há 17 anos e há 3 conheci uma mulher que me deu atenção, amizade, carinho e amor. Hoje me sinto atraída por ela. Quando a conheci, não sabia nada sobre homossexualidade. A amizade dela era cheia de carinho e, sempre que isso acontecia, eu me sentia bem, meu corpo respondia aos carinhos. Só depois de um certo tempo de conversa é que ela foi me contar que era lésbica. E ela sempre me falando que eu era como ela e não sabia, que eu só precisava de um empurrão. Hoje não consigo ser mais a mesma pessoa pois sinto que me apaixonei por ela. Quando ela me toca, eu sinto um prazer enorme. Será que virei lésbica? Por favor, me ajude!! No casamento eu era feliz e meu marido me completava, mas depois que isso tudo aconteceu meu casamento esfriou. Tenho 36 anos."

Resposta

Sabe de uma coisa? Talvez você precise, antes de qualquer coisa, saber um pouco mais a respeito de experiências parecidas com a sua. Isso não resolve a sua vida, mas é um apoio pelo menos para você não se sentir tão solitária nessa experiência e para, quem sabe, aprender algo com quem já passou por isso.
Para tanto, indico um livro interessante. Chama-se "Adeus, maridos" de Deborah Abbot e Ellen Farmer, publicado pelas edições GLS. O livro é uma coletânea de histórias de mulheres que foram casadas e, depois, se reconheceram homossexuais.
Bem, agora vamos ver que história é essa de uma mulher "virar lésbica", como disse você. Você deve saber na carne como a educação sexual que as mulheres recebem é preconceituosa e repressora. E isso provoca vários efeitos. Mas um, entre eles, é nítido: a dificuldade de a mulher conseguir reconhecer e assumir seu desejo sexual, não importa qual seja ele.
Se você der uma lida nas perguntas que as adolescentes encaminham ao UOLTeen Sexo, vai perceber que quase sempre elas se localizam em relação ao desejo do namorado, e não ao delas.
O que isso tem a ver com uma mulher "virar lésbica"? O fato, talvez, de só com a maturidade ela conseguir perceber com mais clareza o que ela quer, e não o que querem para ela. Por isso é mais fácil dizer que talvez você tenha se reconhecido lésbica só agora, e não que tenha se tornado uma.
Mas pode ser também que não seja isso, que seja um encantamento passageiro por quem oferece aquilo que você tanto quer agora. Mas como saber qual a sua direção, afinal?
Ah, minha cara, só você apostando em se conhecer melhor pra descobrir qual é a sua nessa história toda. Essa sua amiga sabe o que quer, e batalhou pra conseguir. E agora é hora de você saber se quer o mesmo que ela, ou não. Por isso, em frente e com coragem.

1 - Perguntas sobre sexo

Pergunta

"Olá, estou enfrentando um terrível pesadelo. Tenho 36 anos, sou casado e tenho um casal de amigos, amigos mesmo: conhecemo-nos no colégio há 20 anos, somos padrinhos de casamento deles e eles nossos. Após o início do casamento nasceu a filha deles, que hoje é adolescente; sempre adorei brincar com ela, pois foi sempre uma criança maravilhosa, calma, delicada, sensível, super educada. Pois é, há alguns anos, começou a surgir um apego muito grande, tanto da parte dela quanto da minha, e foi aumentando até que há três meses ela foi até meu escritório e acabamos nos beijando. Ela disse que me ama muito e eu não posso negar que há algo muito forte da minha parte, que eu nem sei direito o que é. O QUE FAÇO? Eles são amigos verdadeiros, sou casado, tenho 36 anos e ela é uma adolescente... MEU DEUS, O QUE FAÇO! E o pior, ou melhor, ela é linda... O que você, com sua experiência, tem a me falar, please?"

Resposta

Isso é que é encrenca, hein, meu caro? O ser humano tem uma capacidade surpreendente de entrar em situações complexas demais, se enroscar todo nelas e depois ficar preso no emaranhado sem conseguir ver saída. E, claro, essas situações sempre envolvem amor e/ou sexo. Podia ser diferente? :)
Isso é o que eu posso dizer com toda a minha experiência: é encrenca. Aliás, você sabe bem disso, pois não se cansa de repetir que os pais dela são seus amigos, a sua idade em oposição à dela, seu casamento...
Mas posso também ajudar você a pensar mais com a cabeça do que com o coração e o tesão, então vamos lá. A garota tem por você um amor muito grande, sem dúvida alguma: ela cresceu a seu lado, vendo você sempre a acolhendo, tem coisa melhor?
Mas, se você pensar bem, esse amor tem tudo para estar mais para a admiração e para a aspiração. E para o poder também!
É, já pensou no poder que você tem sobre ela? Muito intenso, lembrando de todo o relacionamento que você teve com ela e tem com a família dela. Por isso, caro, vai devagar pois isso cheira a abuso.
Abuso de confiança, abuso de poder emocional, abuso de ascendência afetiva que você tem sobre ela.
Mas você pode então perguntar se ela já não tem condições de saber o que faz e o que sente, certo? Ela está começando a ter isso agora, e até ela se responsabilizar por isso leva um tempo de vivências, de experiências, de aprendizado.
Você pode também argumentar que um tempo atrás garotas dessa idade casavam-se e constituíam família. Isso mesmo, mas em outro contexto social e cultural, bem diferente do nosso.
Bem, depois de tudo isso só posso lembrar você, de novo, da encrenca: com ela, com a família dela, que são amigos verdadeiros, com sua mulher, com você mesmo.
Lembre-se que ela é tão novinha que, numa hora de aperto, pode confidenciar o que se passa com alguém, que por sua vez pode aumentar a história e contar para outro alguém...vixe!
Ela é linda e está apaixonada; e agora? Se você quiser, pode segurar a onda. De qualquer forma, antes de continuar beijando a garota, pense bem nas conseqüências a que isso pode levar, ok?

Estresse afeta libido da mulher, aponta levantamento do HC

O estresse, a preocupação com os filhos e a falta de intimidade com o parceiro são responsáveis pela falta de desejo sexual entre as mulheres. Um levantamento feito a partir do histórico de pacientes do ambulatório de ginecologia do Hospital das Clínicas (HC), em São Paulo, aponta que 70% das mulheres procuraram o departamento para solucionar a falta de libido.

Os dados mostram que 90% dos casos são de origem psicológica. Segundo a coordenadora do ambulatório de sexualidade do HC, Elsa Gay, os problemas sexuais da mulher refletem conflitos de relacionamento e estresse no trabalho. "A perda do lado lúdico do sexo provoca essa falta de libido", afirma. Ela explica que o toque e o beijo são elementos importantes para uma vida sexual saudável.

"A mulher fica muito cansada. Ela exerce muitos papéis durante o dia e o sexo exige disposição", explica a coordenadora do projeto Afrodite, Carolina Ambrogini. No projeto, do ambulatório de sexualidade feminina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a falta de desejo sexual também é a principal reclamação. Cerca de 65% das pacientes procuram o ambulatório por esse motivo. Outras queixas frequentes são a dificuldade de atingir o orgasmo e dor durante a relação sexual.

A falta de libido é mais comum em mulheres mais velhas, mas são as mais novas que procuram ajuda. "Mulheres mais velhas acham que isso é natural. Mas muitas vezes pode ser reflexo de um problema físico", alerta a sexóloga e coordenadora do programa de estudos de sexualidade da Universidade de São Paulo (USP), Carmita Abdo. Para ela, por não terem preconceitos, as mulheres mais novas têm mais facilidade em tratar do assunto.

Carmita explica ainda que, para evitar disfunções sexuais e estimular o desejo, é importante que a mulher se conheça. "Ela deve estar bem informada, conhecer seu próprio corpo e não ter vergonha de dizer ao parceiro como é estimulada." As informações são do Jornal da Tarde.


Como certas bactérias devoradoras de petróleo digerem o combustível?

Pergunta:
Como o metabolismo de bactérias devoradoras de petróleo quebra a substância? E como elas sobrevivem quando não há petróleo disponível?
Resposta:
A mais estudada dessas bactérias em formato de varinha, a Alcanivorax borkumensis, foi identificada pela primeira vez em 1998, perto da ilha de Borkum, no Mar do Norte. Ela possui várias enzimas que quebram uma variedade dos componentes do petróleo cru, chamados de alcanos.
O processo transforma essas grandes moléculas de hidrocarbonetos em componentes menores, produzindo energia e carbono. A bactéria também pode usar alguns outros compostos orgânicos encontrados no petróleo.
Descobriu-se que certos subgrupos do organismo produzem uma classe anteriormente desconhecida de lipídeos de glicose, que reduzem a tensão de superfície da água, e a maior parte de sua ação de degradação ocorre onde o petróleo encontra a água.
A bactéria é bem disseminada e pode ser encontrada, em concentrações quase imperceptíveis, onde haja até mesmo uma fina película de petróleo no oceano – um fenômeno comum resultante de depósitos naturais de petróleo, além de vazamentos.
Quando existe uma grande quantidade de petróleo, a Alcanivorax borkumensis rapidamente se torna o microorganismo dominante e floresce na contaminação. Diz-se que a espécie possui uma vantagem competitiva sobre outras bactérias, pois sua multiplicidade de enzimas faz com que ela consiga utilizar muitos dos componentes do petróleo cru.