quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Rins filtram impurezas e as eliminam na urina

Os nutrientes ganham as células e farão parte do metabolismo celular. Para que ocorra a síntese das proteínas (os hormônios circulantes, formadores das paredes celulares, dos tecidos), das gorduras (tomam parte na composição das membranas celulares) e outras substâncias, as células necessitam de energia, só assim sobrevivem.
Essa energia é obtida por uma reação de combustão (queima) conhecida como respiração celular. Nesse processo, a glicose (obtida na digestão e trazida pelo sangue a cada uma das células) e o oxigênio (obtido na respiração pulmonar e trazido a cada uma das células pelo sangue) sofrem uma reação química, que libera energia e tem como produtos a água e o gás carbônico.
As células realizam seus processos metabólicos dos quais restam resíduos, que são conhecidos como excretas, pois não servem às células e são até mesmo tóxicos. O processo de eliminação dos resíduos do metabolismo pelo corpo é conhecido como excreção. Nos corpos dos animais existe um delicado equilíbrio físico-químico dentro e fora das células. A manutenção desse equilíbrio é feita pela sistema excretor.
Excreção e sistema urinário
A excreção tem por principal função eliminar substâncias nitrogenadas e regular a quantidade de água nos indivíduos. Os excretas nitrogenados podem ser eliminados sob diferentes formas, dependendo do animal: aminoácidos, uréia e ácido úrico.
Os rins e vias urinárias constituem o sistema urinário dos mamíferos, que é muito eficiente na "limpeza" do organismo. Os rins recebem o sangue a ser filtrado, que é rico em oxigênio necessário à sobrevivência, através das artérias renais, que se transformam em vasos cada vez menores no seu interior (arteríolas). Essa ramificação de vasos entra em contato direto com a unidade excretora do rim, o néfron.
O néfron está dividido em duas regiões:
  • Uma que possui um "novelo" de capilares (glomérulo de Malpighi), onde a pressão do sangue expulsa para uma cápsula coletora (cápsula de Bawman) a água e pequenas moléculas dissolvidas no plasma sanguíneo (sais, uréias, moléculas orgânicas simples). Estruturas e substâncias maiores (glóbulos sanguíneos e proteínas do plasma) não passam do interior dos capilares para a cápsula.
  • Outra, o túbulo renal, onde ocorre a reabsorção. A água e outras sustâncias úteis que haviam sido filtradas voltam para o sangue.
    O sangue filtrado sai dos rins pela veia renal, livre de excretas e rico em gás carbônico.
    De cada rim sai um tubo, os ureteres, que levam o produto da filtração e reabsorção (urina) até a um reservatório, a bexiga urinária, que tem por função armazenar a urina. A bexiga é um órgão constituído por musculatura elástica, o qual aumenta conforme armazena a urina. Seu limite é, em média, de 600ml, pouco mais que meio litro. A urina sai para o exterior do corpo através da uretra.
  • O volume de água no organismo
  • A produção da urina é regulada pela região cerebral (hipotálamo) capaz de perceber a concentração sanguínea. Essa região cerebral produz um hormônio responsável pelo aumento da reabsorção de água nos túbulos renais, diminuindo o volume de urina e assim a perda de água.
    No inverno, quando os dias são mais frios, transpiramos menos, portanto perdemos menos água para o meio ambiente. Para manter os níveis necessários de água no corpo é preciso eliminar a água que não saiu pela transpiração, o que é feito através da urina. Assim o corpo diminui a produção do hormônio que aumenta a reabsorção nos túbulos renais, aumentando o volume de urina.
  • Respiração, digestão, circulação e outros sistemas

    O nosso organismo se constitui de diversos sistemas corpóreos. São eles: sistema digestório, o respiratório, o circulatório, o excretor, o nervoso, o locomotor, o reprodutor e o endócrino. Nas pessoas saudáveis, eles devem funcionar, em total sincronia, como numa linha de produção. Para isso, é necessário que ocorra uma interdependência entre eles. Neste artigo, vamos ver um pouco da fisiologia desses sistemas e a relação que existe entre eles.

    Digestão

    Para começar, a digestão. De forma sucinta, esta se inicia na boca, onde o alimento é cortado, mastigado e triturado. Em seguida, vai para faringe e desce, pelo esôfago, até o estômago. Nesse local, ocorre uma grande transformação, pois o alimento sofre a ação de enzimas e sucos gástricos, para ser "quebrado" em partículas menores. Depois, segue para o intestino delgado, onde a digestão é finalizada.

    Os resíduos vão ao intestino grosso e são eliminados pelo ânus. Ao contrário, os nutrientes são absorvidos no intestino delgado e caem na circulação sanguínea. Aí está a primeira interdependência a ser apontada: é necessário que ocorra a ingestão de nutrientes (os mais variados e equilibrados) para que estes sejam levados, através da circulação sanguínea, a todas as células de nosso corpo, de modo que elas, as células, tenham condições de exercer as suas respectivas funções.

    Respiração e alimentação

    Quanto à respiração, ela ocorre da seguinte forma: inspiramos o gás oxigênio, juntamente com outros gases existentes na atmosfera, mas o primordial para nossa sobrevivência é o oxigênio. Este passa pelas fossas nasais, onde é filtrado pelos pêlos e aquecido por pequenos vasos sanguíneos. Depois segue pela faringe, laringe, brônquios e bronquíolos, no interior dos pulmões. Nestes, há também os alvéolos pulmonares, local onde ocorre as trocas gasosas, ou seja, troca-se o gás carbônico (CO2) por gás oxigênio (O2) e este último é levado para todas as células de nosso organismo através do sangue.

    Qual é a relação da digestão com a respiração? Simples, os produtos finais de cada processo, principalmente a glicose (proveniente da digestão) e o oxigênio (proveniente da respiração) precisam chegar a uma parte da célula específica, a mitocôndria (esta é uma organela citoplasmática) que realiza diversas reações químicas, transformando a glicose e o oxigênio em energia (ATP), que, por sua vez, é necessária para realizarmos todas as nossas funções vitais, como andar, correr, estudar, namorar, etc.

    Para o sistema locomotor funcionar adequadamente é necessário que os músculos não estejam privados de nutrientes, como glicose, oxigênio, sais minerais etc., bem como que os ossos estejam ricos em cálcio para terem a rigidez necessária à sua sustentabilidade.

    Sistema excretor

    A excreção consiste em eliminar grande parte de impurezas do nosso corpo através da urina e do suor, principalmente. O processo para eliminação desses resíduos ocorre da seguinte forma: o sangue chega até os rins (que fazem parte do sistema excretor), no interior dos quais existem os néfrons que funcionam como um filtro, onde os resíduos (como por exemplo, amônia e uréia) são encaminhados para os bacinetes, os ureteres, a bexiga e uretra, por onde são expelidos. Os nutrientes como os aminoácidos e a glicose são reabsorvidos pelo organismo.

    O sistema nervoso no comando da máquina

    O sistema nervoso pode ser considerado a central de comando da máquina corporal, pois coordena tudo o que ocorre em nosso corpo, seja falarmos, pensarmos, andarmos, reagirmos a diferentes situações, de perigo ou de prazer. Enfim, tudo o que vivenciamos em nosso cotidiano é transmitido pelas nossas células nervosas (neurônios) até o cérebro.

    Este decodifica tudo e envia uma resposta, que constitui a nossa reação aos estímulos do meio. Como todo esse processo precisa ser muito rápido - pois só assim nossa sobrevivência está garantida - é de suma importância que se tenha grande quantidade de mitocôndrias nos neurônios para gerar energia (ATP), a fim de realizar o trabalho com a maior presteza possível.

    Sistema endócrino

    Já o sistema endócrino seria o ajudante geral do comandante, pois compõe-se das glândulas que liberam hormônios, estimulando ou retraindo o funcionamento dos diferentes órgãos dos diversos sistemas. Essas glândulas são a hipófise, o hipotálamo, a tireóide, as paratireóides, o pâncreas, as supra-renais, os ovários e os testículos.

    Contudo, se são lançados no sangue e este circula em todas as partes do corpo, por que os hormônios não afetam os diferentes órgãos de um modo geral? De fato, ao ser lançado, um determinado hormônio circula em todas as partes do corpo, mas ele só age efetivamente no local específico, pois ao ser secretado ele procura uma "célula-alvo", que apresenta determinada substância (proteína) específica para receber sua ação.

    Circulação e reprodução

    Por fim, para os sistemas reprodutores (masculino e feminino) funcionarem adequadamente é necessário, além dos nutrientes já anteriormente mencionados, que a circulação ocorra perfeitamente, pois ela é a responsável pela grande irrigação dos corpos cavernosos do pênis, originando assim a ereção. Também na mulher ocorre uma grande vascularização e a ereção do clitóris (apesar de não ser tão evidente, como nos homens).

    Para existir o desejo, os sentidos são estimulados, recebendo informações que são mandadas ao cérebro e decodificadas. A partir daí, os hormônios são lançados no sangue. As diferentes sensações são percebidas através do sistema nervoso, provocando reações no organismo: aumenta o ritmo da respiração e dos batimentos cardíacos. Tudo isto resulta em grandes sensações de prazer que favorecem a perpetuação da espécie.

    Enfim, essa interdependência entre os diversos sistemas corpóreos é mais uma demonstração de como o nosso organismo é perfeito. Mas nós precisamos contribuir para a manutenção desse equilíbrio. Vale lembrar que tudo o que consumimos interfere diretamente no funcionamento de nosso corpo: tanto os nutrientes necessários, que adquirimos através de uma alimentação adequada, quanto às substâncias que agridem e podem destruir o corpo, como as diferentes drogas (álcool, cigarro, maconha, etc), embora provoquem momentaneamente sensações agradáveis.

    GRAVIDEZ PRECOCE - Evitar é preciso

    Segundo o Censo de 2000 e uma pesquisa conduzida pela Unifesp em hospitais públicos brasileiros, respectivamente, 99% das gestantes entre 11 e 19 anos conhecem os preservativos e a pílula anticoncepcional. Então, é o caso de se perguntar: por que as adolescentes engravidam?

    Em primeiro lugar, fica evidente que conhecer um método anticoncepcional não é garantia de fazer uso dele na hora necessária. Uma explicação para esse desencontro entre informação e atitude é que as campanhas sobre sexo seguro e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis podem estar atingindo somente as mulheres a partir de uma certa idade, sem causar impacto entre as adolescentes.

    Inibição de alto risco

    Em entrevistas de programas de TV voltados para o público juvenil, é comum ouvirem-se jovens dizendo que não falam sobre preservativos, com os parceiros ou parceiras devido à falta de intimidade com eles. Sentem-se inibidos, inseguros e, por isso, preferem não tocar no assunto.

    Já com as mulheres adultas a situação se revela diferente: elas são mais seguras e têm mais clareza do que querem. Estão informadas sobre sexo seguro e previnem-se mais. Esse comportamento pode ser notado pelo fato de estarem engravidando cada vez mais tarde, bem como optando por ter menos filhos.

    Na verdade, é preciso reduzir o descompasso entre o conhecimento dos anticoncepcionais e a consciência da necessidade de usá-los por parte dos jovens. Para isso, talvez seja importante refletir sobre a intimidade, já que ela é parte integrante do relacionamento sexual.

    Quem tem coragem de expor seu corpo nu ao parceiro e entregar-se a ele não deveria ter medo de conversar sobre esse ato. Afinal, o diálogo é sempre a melhor maneira de se resolver qualquer problema. Uma conversa franca antes de chegar às vias de fato pode evitar conseqüências desastrosas.

    Como as pesquisas genéticas estão presentes no cotidiano

    Na última década, tanto o meio acadêmico-científico quanto os meios de comunicação passaram a divulgar os grandes avanços da ciência no campo da genética. Normalmente, quando se fala no assunto, as pessoas rapidamente associam a genética com o DNA e os testes de paternidade. Não é uma associação incorreta, mas genética não se limita a isto.

    Genética é a ciência que estuda os genes. A partir de suas descobertas, desenvolveram-se a biotecnologia, a engenharia genética, a clonagem, os produtos transgênicos, o uso terapêutico das células-tronco, etc. São assuntos muito comentados atualmente e, com freqüência, eles se tornam manchetes do noticiário. Mas o que isso tem a ver com o nosso cotidiano?
    Bem, em primeiro lugar, isso está relacionado diretamente com a nossa existência, pois a genética é a base do ser humano. Ela é responsável pelas nossas variabilidades e diferenças, bem como pelas nossas semelhanças. Todos nós apresentamos 46 cromossomos e cerca de 30.000 genes: portanto, numericamente somos todos iguais. Porém, a combinação desses genes e as permutações ocorridas no processo de divisão celular (a meiose, especificamente) garantem nossas diferenças.
    A genética encontra-se cada vez mais inserida na vida do ser humano. Já passou o tempo em que falar de genética era abordar as pesquisas com ervilhas do monge Gregor Mendel, o "pai da genética". Hoje, graças aos avanços tecnológicos, o material genético tem sido mapeado, decifrado e manipulado. Resta saber até onde vai o limite humano...

    O que muda no português escrito

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, no dia 29 de setembro, o decreto que estabelece o cronograma para a vigência do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O evento aconteceu no Rio de Janeiro, em cerimônia na Academia Brasileira de Letras, durante sessão solene de celebração dos 100 anos de morte de Machado de Assis.