Com a África do Sul em época de grande incidência de gripe, as vuvuzelas podem ganhar o papel de vilãs. Protagonistas nos estádios sul-africanos, as trombetas de plástico podem ser agentes de disseminação do vírus da gripe, segundo Ruth McNerney, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
“As vuvuzelas têm potencial para espalhar o vírus, já que muito ar assoprado passa por ela. Por questões éticas, eu não testei pessoas doentes, já que precisamos de uma autorização especial. Mas é evidente que este potencial existe”, disse McNermey.
O médico comandou um estudo com oito pessoas sãs para descobrir o que é expelido pela vuvuzela. McNermey descobriu bactérias que saem ou se acumulam no plástico, e que poderiam, segundo ele, transmitir o vírus da gripe.
Maggi Soer, do Departamento de Patologias da Universidade de Pretoria, concorda com o colega inglês. O sul-africano acrescentou que o uso conjunto da vuvuzela contribui para a disseminação de doenças.
Esta não é a primeira acusação científica que a vuvuzela recebe. Recentemente, a mesma Universidade de Pretoria divulgou um estudo mostrando os danos do artefato ao aparelho auditivo dos torcedores.
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