domingo, 21 de março de 2010

Orgasmo pode depender de genes

Afirmam cientistas do Saint Thomas Hospital, em Londres.

Pesquisa publicada na revista inglesa da Royal Society avaliou mais de 4 mil gêmeas com idades entre 19 e 83 anos.

A equipe do cientista Tim Spector realizou testes de DNA nas gêmeas (metade idênticas, metade não). Os gêmeos idênticos compartilham o mesmo DNA, ao contrário dos não-idênticos. Essas mulheres também preencheram questionários (anônimos) sobre sua vida sexual.

Um terço das mulheres declarou nunca ou quase nunca atingir um orgasmo, enquanto mais de um décimo afirmou sempre atingir um orgasmo durante a penetração. 34% das avaliadas consegue atingir o clímax com a masturbação.

Sabe-se que apenas 2% dos homens não conseguem atingir o orgasmo durante a penetração.

De modo geral, a pesquisa concluiu que a freqüência de orgasmo era maior entre  gêmeas idênticas, o que levou os pesquisadores a suspeitarem do componente genético para o orgasmo. "Há uma influência biológica que não pode apenas ser atribuída à criação, religião ou raça", afirma Spector. O pesquisador crê que a capacidade para o orgasmo pode ser explicada pela evolução.

Uma teoria sustenta que o orgasmo promove fertilidade. Estudos anteriores mostram que mulheres têm mais facilidade em atingir o clímax durante o período fértil.

Outra teoria sugere que o orgasmo seja uma ferramenta para selecionar homens: se um homem é forte ou esperto o suficiente, ele é mais aceito como um parceiro de longo prazo.

Serão necessários anos para se identificar os genes envolvidos no processo do orgasmo. Espera-se que a pesquisa ajude a desenvolver  tratamentos para dificuldade de orgasmo.

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